domingo, 23 de fevereiro de 2014

FILOSOFAR COM AS FLORES




















Meu jardim fala um idioma que só eu entendo.
Eu e as borboletas.
Só que elas passam ligeiro.
Eu não.
Eu ganho meu tempo em apreciá-lo.
Em conversar, em tirar folhas mortas,
em refrescá-lo.
Cada plantinha se comunica a seu jeito.
Uma me diz sobre a criação.
Outra discursa sobre ternura.
Uma terceira explica seus afiados espinhos.
Todas se orgulham de como se vestem.
Não ficam se acotovelando nos canteiros.
São autoconfiantes.
Compartilham sombras e raios solares.
Suas flores vivem plenamente
o seu pico de primavera
sem choro prévio do seu fenecer.
Sofrem tempestades de ventos, securas.
As vezes os beija-flores demoram a beijá-las.
Emprestam sua beleza a humanizar
os lugares não seus.
Delícia haver jardins!
Encantador filosofar com flores e seus recantos!

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