domingo, 13 de novembro de 2016

FORÇA DE DENTRO













A grandeza de dentro
Poderá ser uma lua cheia
Um perfume revelador
Uma janela
Uma abertura para o novo

domingo, 3 de julho de 2016

QUIETUDE





















Quietude e silêncio.
Chamados da alma.
Ventilando os desejos.
Os sentimentos presos.
Em movimento a terna cortina de renda.
A vida penetra com o vigor dos raios solares.
Em seguida, os ventos, os cheiros, os cânticos dos pássaros ...
Uma árvore, um coqueiro, um pé de arruda.
O encanto da paisagem ao longe.
Pés na grama como que pisando em orvalho.
Abrem-se os olhos de criança.

Foto - Lua de Provérbia


sexta-feira, 27 de maio de 2016

NA GRAMA




















Na grama eu me soltei.
Nada a pensar.
Em puro silêncio.
Respirando o cheiro do verde capim.
Ouvindo pancadas de vida.
Seguindo nuvens.
Nos pés um jardim.

MAJESTOSO GALHO




















Nas aparências do ser.
O amor posto em evidência.
No mais majestoso galho.
Desprezo pelo tempo.
E pelo outro.
Tudo azul.
Nada ficará azul.

PARTINDO

















Tempos de partir.
Que siga.
Desalojar-se mesmo com dor.
Rumos dispersos.
Caminhos diversos.
Voa soltando a poeira.
E a doçura de tudo.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

MERGULHOS NA ALMA




















Lembranças mergulhadas na alma.
Tingindo sentimentos.
Atravessando fronteiras.
No passar do apressado tempo.
Colhendo saudades na beleza primaveril.

QUIETO OLHAR




















Manta de luz.
Fios desarrumados em polos distantes.
Enlutada penumbra.
O piano desmaiando discretas notas musicais.
Num canto flores desidratadas.
Nem dança, nem riso, nem choro, nem palavras.
Quieto olhar sem espera e sem lamentos.
Em um tempo sem verbo.

terça-feira, 5 de abril de 2016

TOQUES
















Águas deslizando no corpo nú.
Toques sutis.
Um adeus.
Um gesto casual.
Músculos que vibram.
Cabelos ao vento.
Calor de encontro.
Mãos que abraçam.
Que se entrelaçam.
Horizontes de afetos.
Em carne viva.

sábado, 20 de fevereiro de 2016

ERVA DANINHA















A erva daninha aprisiona a beleza da flor.
O miolo da alma.
As pancadas do coração.
Deixa seguir convencida de não ser cativa.
Invade as pétalas.
Rouba o perfume.
Desarruma os filetes.
Embassa a livre beleza de ser.
E o ser não é.

LÁGRIMAS




















Lágrimas na face.
Deslizando sentimentos.
Débil, diz a voz do mundo.
O céu chora.
A cachoeira despenca em respingos.
A seiva escorrega no caule.
O mel se despede do favo.
O soro pinga na veia.
Sangria de emoções.
Poço humano.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

RECOMEÇO




















Neguei-me receber um pacote de solidão.
Com o peso não podia meus músculos.
Perdi a chave do baú rio abaixo.
Preciptei meu olhar em montanhas e lagos.
Apressei a marcha dos passos guerreiros.
Finquei a minha lança no chão.
É aqui que demarco um novo começar.

CORAÇÃO SÓ




















Nem sei onde o coração se perdeu.
Despencou.
Ausentou-se de você.
Gotas de luz se espalham.
No chão nu.
Sem suspiros.
Só.

LÍRICO PLANTÃO




















A alma vagueia.
Conversando com a quieta madrugada.
Repousa o barulho urbano.
O céu quase se abrindo ao clarão do amanhecer.
A urbe molhada pela chuva.
Na mais combinada pausa.
Corpos anestesiados.
Nem ônibus, nem trens, nem transeuntes, nem carros.
Silêncio consensado.
A minha alma se refresca no calar de todos.
No lírico plantão.
De um silêncio desejado.

SOLTURAS DOS VENTOS




















Lembranças não contidas.
De um amor ao avesso.
Vitrine de sentimentos.
Sequestrados pelo tempo.
Sem poeira.
Sem lamentos.
Na soltura dos ventos.
Dos pensamentos.
Que vêm e que se vão.

DESEJO




















No meu peito eu não meço.
A infinitude do meu amor.
Suspiro em teu ombro.
Aproximo-me do teu beijo.
E te sinto de tal modo.
Que transbordo em desejo.

Imagem - Miscelânea

domingo, 10 de janeiro de 2016

TOQUE SUTIL
















A vida toca a tua pele
como se fosse eu.
O instante fica multicor.
Viajo nas tuas asas deslocantes.
Arsenal sedutor.
Toque sutil.
Espelho d'água.
Beijo de amor.
E ligeiro eu vou.
Ao encontro de outros mundos.
Vagueando nos campos.
Nos suores matinais.
No mundo dos mortais.
Te tocar eu vou.