sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

CAVALO DE PAU




















Meu cavalo de pau não tinha aconchego.
Um pau de vassoura com rústica cabeça de cavalo,
com cordas de agave.
Comprado na feira livre ou feito no lar.
Ele corria como ninguém
sempre disposto a na frente chegar.
Tinha partida marcada na areia
e reta de chegada na porteira do curral.
Era a olimpíada rural.
Meu cavalo de pau combinava tudo comigo.
Suas pernas eram minha, seu fôlego também.
Eu era sua treinadora.
Ele meu fiel vencedor.
O seu aconchego era a brincadeira.
Sem luxo, eu e os pivetes tínhamos tudo a ganhar.
  

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