quarta-feira, 11 de setembro de 2013

ENCONTRO















Sou noite
não enlutada.
Numa penumbra acetinada
por discreta luz.
Mundo dourado
amigo das fantasias.
Fios de estrelas caem da árvore
cintilantes.
Uma mesa quase solitária
não fosse um arranjo de primavera.
O encontro virá ou se perderá no apagar das luzes?
A noite tem pressa
respira anseios.
O amor mais ainda.

MIRAGEM













Miro o vento
a passar.
O cair das folhas
mortas.
Miro um fiapo de amor
sobrevivente.
Um gesto seu
impreciso.
Miro um pincel
a cuspir cores.
Um respingo de água
frouxa.
Miro a noite que chega
para dormir amando.