quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

RASPINHAS DE LÁPIS















A alegria presente no brincar.  
Olhares que brilham.
Ruidosas invenções.
Lápis de cor, raspinhas...
Tinta e pincéis.
Rostinhos que se grudam na folha de papel.
Sorrisos desenhados e vividos.
No criativo espaço do brincar

COLORINDO A VIDA




















Continhas coloridas nos traz a brincadeira.
Fazer artesanato.
Enfeitar roupas.
Colar continhas fazendo árvores.
Apostar quem separa continhas por cor em menor tempo.
Fazer picolé multicor ou não.
Sair com colares de continhas,
cheia de vida.  

IGREJA DE FÁTIMA




















Obra magnífica.
A beleza resplandece em seus vitrais multicoloridos.
Igreja Nossa Senhora de Fátima.
Templo fortalezense de pura beleza.  
Por fora, a verticalização e colorido dos vitrais.
Por dentro, um terno azul cor do manto materno
nos aproxima da mãe da humanidade.  
No topo da igreja um terço iluminado.
O belo nos põe a contemplar
e nos silenciar para tocar a fé. 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

JOIA RARA


















Pérola pura e preciosa.
Das profundezas do rio e do mar.
Fenômeno biológico.
A ostra a tece.
Na concha mora a ostra.
De casinha fechada,
sai pelo pequeno espaço para se alimentar.
É por aí que poderá entrar areia
ou outro corpo estranho que incomodará.
No sofrimento, a ostra secreta o nácar ou
madrepérola.
A pérola vai se compondo,
numa maturação de pelo menos três anos.
Rico e sofisticado adorno pessoal.
Colares de princesas, brincos,
pulseiras e anéis. 
A partir da dor da ostra,
uma joia rara.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ANDORINHA LAVADEIRA














                Foto - Wellington Monteiro

Andorinha na praça.
Presta atenção a minha presença. 
Firma o seu olhar curioso.
Na infância, as pessoas diziam:
"as andorinhas lavam as roupas
do Menino Jesus".
Eu a olhava com admiração.
Sempre os pequeninos
são personagens das melhores crenças.









segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

VINHO ENCANTO



















Exibe-se perfeita.
Em festejo pela vida.
Pétalas bem delineadas.
Vinho encanto.
Uma dama da noite a soltar suspiros,
no amanhecer. 

ROSA MÃE















Rosa em plena maturidade.
Pétalas ternas e abertas se lançam ao vento.
Ao seu redor, botões a festejam,
como em proteção a Rosa Mãe. 

GOTAS DE BELEZA


















A chuva se precipita na pele do botão de rosa.
Gotículas minúsculas hidratam o topo e a haste.
O sol acordou preguiçoso.
Gotículas maiores se grudam na lateral do botão
como encanto de primavera.
Logo evaporarão ao vento.
No agora, são espelhos de beleza
para projeção de uma vizinha flor. 

REVELAÇÃO












Meio ao concreto armado,
a vida desponta.
Hastes verdes elevam os brotos
e anunciam flores amarelas.
Discreta e reservada beleza.
Entre as barras de concreto,
o improvável. 

MACHUCADA















Às vezes, a vida se encrespa.
Quando se deseja o colorido.
Subtrai o perfume.
Os raios solares se escondem.
A beleza silencia.
O ao redor torna-se igual.
O peito resmunga.
Desaforos da existência.
Perfeita escuridão.
A delicadeza da flor foi machucada.
Sua haste não mais conduz a seiva nutritiva.
Vida em desalento.  

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

COMEÇOS















Amor que está por vir.
Ainda desabrochando.
Exalando seus primeiros perfumes.
A vela e o laço banhados de lilás
são encantos de presença.
O esperar revela-se tardio.
Nada fácil respirar o amor.
Submerso, ele se esconde em mistérios.
Acaso, olhará a beleza majestosa das flores?
Adiará o encontro sem hora marcada?
Despertará o romantismo lilás
na alma  despida de ternura?
Nada fácil começar um amor. 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

ROSA VERMELHA













Com a saudade,
preencho o espaço de cada pétala.
Rosa preferida por ela.
Rosa proclamada paixão.
Outrora visitada pelo seu beija-flor.
Rosa pintada por lembranças.
Habitando os canteiros terrestres,
os ramalhetes, os jardins mais encantados.
Procurando o seu olhar longínquo. 
No eterno. 

domingo, 17 de fevereiro de 2013

SEDUTORAS ROSAS AMARELAS














Só estando com o peito seco
e com uma tonta loucura,
para não amar as rosas amarelas.
Enlouquecer o olhar
com a terna cor de luz.
E correr o fascínio no sangue num ato de sedução.  
Desarrumadas elas se robustecem.
As pétalas se abrem com fina beleza.
A alma arderia ao abraçar um presente como este.
Não em botões,
mas em flores mais maduras,
que confirmassem este amor de tanto tempo.
Elas sorririam do meu sentir profundo,
de uma saudade quase morta,
e desta inibida inspiração.
Meu olhar se movimenta,
não em cada galho,
mas na evolução de cada delicada pétala que se abre.
Ver o todo romântico de amarelo.
Decora meu coração solitário, quase débil,
carente de beleza e de doçura.
Não quero exigência alguma.
Só amar as rosas ... amarelas.
Acendendo em minha alma,
lampiões de luz. 

CANTIGAS DE RODA

















O brincar preenche a vida de alegria.
Circula o afeto, a socialização, o amor.
Cantar de roda não só na escola.
No lar, no aniversário, no sítio,
na praça, na praia, na casa dos avós.
Brincar de roda embaixo de uma árvore de sombra.
Fazer rodinha com os pais e os irmãos.
Ensaiar as músicas através de um CD.
Que tal enfeitar-se para brincar de roda?
“Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar,
vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar”.
Que tal brincar na rua de um amigo?
“Se esta rua, se esta rua fosse minha,
eu mandava, eu mandava ladrilhar,
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes,
para o meu, para o meu amor passar”.   
E a alegria chega.
E o amor passa na rua da brincadeira. 

sábado, 16 de fevereiro de 2013

ENCANTO PORTEIRENSE
















Matriz porteirense de Nossa Senhora da Conceição.
Cinquenta e cinco anos de existência.
Calçadas largas, seis brancos anjos iluminados
no seu topo santo.  
É maio.
Preparativos para a “Festa da Coroação”.
Com seu altar de cetim branco,
as escadarias são preenchidas por anjinhos,
jovens,luzes,flores e símbolos de fé.
Saudações, cânticos, ladainhas,
 fogos, louvores e representações.
Pequenas jardineiras oferecem flores,coração,
entoando cânticos.  
Em som majestoso,
diante dos aplausos da comunidade e convidados,
uma jovem coroa a Mãe Rainha,
genitora de Jesus Cristo,
amparo de todos nós. 

PITOMBAS















Abrigam-se no pé em cachos.
De delicado prazer interiorano.
Frutinhas amarelas, bem protegidas.
Solta a casca facilmente.
Uma “melequinha” doce para saborear.
Irresistíveis pitombas.
Chupá-las é como o fantástico ato do brincar. 

BOLINHAS MULTICORES














Mundo infantil em festa.
Bolinhas de sabão bailando no ar.
Grandes, pequeninas, multicores, transparentes.
Lentas ou velozes.
O sopro faz a mágica no voar.
Não há limite de idade.
Brinca-se sozinho ou com amigos.
O vento desafia as bolinhas coloridas.
A criança fica vendo as viagens espaciais.
As bolinhas grudam uma nas outras,
as crianças também se atropelam pelo bem do gritar.     
As bolinhas estouram no ar.
Renascem no novo sopro,
instigadas pelo desejo do brincar. 

NATAL CEARENSE



















Descansa Menino Deus.
Nas brancas redes cearenses,
que te dão guarida.
As varandas, os teus cueiros multicores.
Dorme Menino Deus.
Nos inúmeros abrigos de algodão.
No topo dos punhos altos a Estrela de Belém.
Jeito cearense de celebrar o natal.
Redes ao vento.
Dorme Divina Criança. 

JOANINHAS













Algo do imaginário infantil.
Joaninhas lançando moda.
Dama e cavalheiro passeiam pelas flores,
sugando suas delícias.
Sobem em árvores, em galhos de plantas.
Parecem pintadas por um artista.
Amam-se distraídas,
no miolo da margarida. 

BRINDE DE AMOR














O tinto jorra na taça, revelado pelo fundo de luz.  
Misterioso brinde a dois?
Vinho retirado da própria adega?
Goles vermelhos.
Na penumbra, importa o sabor do amor. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

VIÇOSAS













Ombros jovens carregam beleza.
Rosas viçosas que vagueiam oferecidas.
Uma praça de encontros.
Acaso, atrairiam casais de namorados?
Filho, mãe, amigos, solitários?
Apaixonados, tristonhos, sensíveis?
Seriam colocadas aos pés do santuário?
No túmulo de alguém que silenciou para a vida?
Ou, quem sabe, no jarro florido da sala de jantar?  

SUBLIMIDADE

















Na borda do livro,
um encanto deixado.
Flores bem desenhadas,
pela natureza,
de um róseo quase salmon.
Abaixo uma poesia.
Revelando que a vida nos namora,
com o mais sublime dos mistérios. 

PIRULITO GUARDA-CHUVA











O moço com o tabuleiro gritava:
Ó o pirulito quebra queixo!
A criançada saia nas calçadas.
Contava as moedas, tomava emprestado.
Comprava os pequenos guarda-chuvas.
Mel e limão: bom de chupar!
Nem quebra de queixo ou dente.
Só a quebra do silêncio da rua.  

JARDIM A BORDO















Rio de águas turvas e serenas.
Pequeno barco florido,
jardim a bordo, ancorado ali.
Águas rasas refletem a silhueta das flores.
Seria uma surpresa de amor?
Banhar-se no rio, a dois,
sentindo o aroma das flores e do mato nativo.
Sem que a nudez seja fotografada.