sexta-feira, 20 de julho de 2012

O PONTAL DE SANTO ANTONIO

                                                                Foto - Norma
Aos nossos olhos O Pontal de Santo Antônio.
Na chapada do Araripe Caririense, no município
de Porteiras você o vê majestoso.
Impossível escalá-lo, íngreme, o vento solta em derrubada. 
Faz-se plantio de bananeira e capim na sua encosta.
Ele se mostra com um misto de pedra e vegetação.
O pontal se admira ao longe.
Tem-se a impressão que é o começo da chapada
que forma o grande caldeirão verde daquela região.
Quando o céu derruba a sua névoa ele parece misterioso,
com seu topo coberto de um branco passageiro.
Eu o admiro de baixo como um mirante do futuro.
Mas a rebeldia dos ventos, a sua quietude, altitude,
ajuda a preservá-lo e ser o que ele é hoje.
Um pontal natural de nome santo.        

quarta-feira, 18 de julho de 2012

ENCANTO CARIRIENSE

                                                                   Foto - Norma
Cores do sol.
Amarela e laranja.
Com a beleza ainda molhada pela chuva da noite.
Vivente daquela serra fria caririense.
Esqueci como se chama,
mas você não me é anônima.
Despertou em mim saudades de infância.
Saudades de uma estrela que brilha longe,
na "imensidão suspensa",
próxima dos raios solares, quem sabe,
de cor amarela e laranja.
E ela sabe o seu nome.
Reconhece sua molhada beleza majestosa.

ESPERANÇA

                                                               Foto: Facebook  
Nascemos como seres de esperança.
O passo a passo do viver nos faz desesperançosos.
A esperança fresquinha é mágica e contagia.
A cor da esperança é o verde que predomina na natureza
em terra firme.
A esperança é casada com a espera
de algo que virá como bálsamo.
Como um chá verde.
Como a paisagem das matas com seus segredos.
A esperança ocupa o espírito, respira com ele.
Conforta, anuncia, anima e tem passos leves.
Quero subir os verdes degraus,
fumaçantes de esperança viva.

DESPEDIR-SE DA DOR


Hoje, meu coração fez sussurros de protestos.
Xingando a visitante dor que embrutece.
Vi sorrisos de crianças, avistei lindas paisagens ao longe,
no mundo virtual.
Olhei flores de diversas cores e formatos.
Saboreei uma comida apetitosa.
Caminhei com meus sonhos.
Despertei outros.
Nada me fez desencontrar de você.
Que é mais poderosa que a minha vontade.
Aprisionando meu sorriso solitário.
Soltando pedras no meu caminho de agora.
Dormi a tardinha na sua companhia.
Despertei acompanhada.
E agora, lhe mando embora com um gole d'água,
acompanhada com o determinar da ciência.
Fico quieta a pensar outras formas de me despedir de você.
De fugir da cronicidade, do acostumar-se.
E brigar com você mesmo sendo de paz.