sábado, 20 de fevereiro de 2016

ERVA DANINHA















A erva daninha aprisiona a beleza da flor.
O miolo da alma.
As pancadas do coração.
Deixa seguir convencida de não ser cativa.
Invade as pétalas.
Rouba o perfume.
Desarruma os filetes.
Embassa a livre beleza de ser.
E o ser não é.

LÁGRIMAS




















Lágrimas na face.
Deslizando sentimentos.
Débil, diz a voz do mundo.
O céu chora.
A cachoeira despenca em respingos.
A seiva escorrega no caule.
O mel se despede do favo.
O soro pinga na veia.
Sangria de emoções.
Poço humano.