sábado, 4 de maio de 2013

SOZINHA














 
A solidão caminha no corredor extenso.
O silêncio se alia a ela, agigantando-a.
As janelas estão dormindo da luz.
Os pingos de chuva há pouco se calaram.
Os pássaros cedo se deitaram em seus ninhos.
As plantas do jardim se despediram do calor diuturno.
Só uma vivente em movimento.
Revezando silêncio nutritivo e medo.
Sombras e luz.
Palavras ausentes.
Escuta a própria voz que baixinho cantarola.
Faz o caminho de volta em passos musicais.
Quebra o silêncio, oculta o medo.
Adentra em seus aposentos passando a chave.
Olhando o abajur que a faz ver as formas.
Corajosamente dorme.