domingo, 25 de dezembro de 2011

O CATOLÉ E A "CAGANEIRA"

                                                           Foto: Norma Novais

O pé de catolé remonta a minha infância.
Frutinhas sequinhas caídas ao chão.
Quebrávamos com uma pedrinha,
tendo como suporte uma maior.
Saia um coquinho delicioso
para se comer ali mesmo.
A maior novidade do brincar
estava na força do coletivo,
no desempenho da criançada.
Apostava-se quem quebrava mais o coquinho inteiro.
Fazíamos um rosário de coquinhos de catolé
com uma agulha grossa e um fio de algodão.
Como os índios, colocávamos o cordão no pescoço,
e, pouco a pouco, as mordidas iam rezando o rosário da dor de barriga.
Ela só atingia os visitantes desavisados.
Quem não rezou com catolé na infância,
nunca teve "uma cacaneira" de verdade,

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