domingo, 1 de novembro de 2009

RECORTES DE DOR


Nada mais comum do que uma segunda feira aparentemente qualquer.
E apressados transeuntes na rua.
Guardando as suas dores no bolso, no pisar dos sapatos.
Ou sacudindo as velhas e as novas dores do vivido.
A dor do amor perdido.
A dor do amor infiel.
A dor da desesperança.
Da saudade quase crônica.
A dor da rotina.
A dor do outro que é também minha: da violência.
A dor de muitos: da não cidadania.
A dor das dívidas financeiras e espirituais.
A dor dos desencontros.
Das perdas.
A dor do abandono ...
E a dor de não ter ilusão.

3 comentários:

  1. Ela sabe por sentimento em tudo o que escreve, seja de alegria ou dor, suas palavras são sempre fortes e bonitas!

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  2. Essa poesia é muito marcante,
    gosto de poesias escritas que expressam sempre algo.
    até agora venho adorando todas!

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  3. é tão dificil tratarmos de nossas alegrias com os outros é como se fosse um pecado.mas a dor ela parece querer ao mesmo tempo nos prender e aparecer.de fato as guardamos,as tratamos e as vezes as fazemos crescer como algo que nos alimenta.é estranho isso.

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