sábado, 23 de novembro de 2013

FOLHAS DE TANGERINA















Ao sair da minha serra.
Pra cidade vizinha.
Meu coração me doía,
como um facão amolado,
que ao meio lhe partia.
Eu precisava estudar
e de vez em quando voltar
pro meu canto de alegria.
Aos onze anos essa sina,
que ainda uma menina,
precisei absorver.
Na hora da despedida,
pra amenizar a saudade,
folhas de tangerina,
levadas para cheirar,
na solidão da cidade.
E o perfume eu buscava,
seja de noite ou de dia,
aquilo me preenchia,
me levava até o Saco (sítio),
como se fosse magia.

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