No térreo do elevador de um
hospital entra uma jovem de 50 anos de idade, bonita, bronzeada, cheirosa,
trajando uma calça jeans e uma blusa de malha. Visitaria um senhor amigo
internado. Entra também no mesmo elevador um jovem de aproximadamente 45 anos
de idade, bonito, sereno, desejando gentilmente boa tarde. A jovem sentindo um
incômodo que se acentuava, disse: “por gentileza, você poderia coçar o meio das
minhas costas, é horrível coceira de praia”. O jovem prontamente começou a
coçar, parando rapidamente. Indaga: “passou”? Ela diz inquieta: “ainda não”.
Ele volta a coçar mais forte, penetrando mais fundo nas carnes por cima da
malha. Ele diz: “pronto”? Ela responde: “ainda não”. Ele voltou a confortá-la.
Passou a cocá-la mais agilmente e intensamente como se beliscasse suas costas
até próximo das axilas e o alívio foi chegando. O elevador se abriu de repente,
a jovem desceu agradecendo e ele desesperado falava alto: me arranja seu
telefone, seu telefone por favor, e o elevador se fechou. Por pouco a
coceirinha deixou de arranjar um namoro. A jovem chegou ao quarto sorrindo do
episódio e falando para as amigas. O jovem deu várias voltas de reconhecimento
nos andares do hospital e nada. Sua paixão repentina não saiu do quarto, pois a
coceira já havia passado. Talvez agora a necessidade fosse dele. Que
desumanidade!
Artigo publicado no Jornal O POVO, Jornal do Leitor em 19/06/12 - autoria Norma Novais
Artigo publicado no Jornal O POVO, Jornal do Leitor em 19/06/12 - autoria Norma Novais
Nenhum comentário:
Postar um comentário