Foto: internet
Ouço o som da chuva.
Ela tem o seu jeito particular de chegar.
Tem o seu jeito único de se mostrar.
Ora de forma branda.
Ora inconseqüente.
Ora oscilante.
Faz sons nos telhados.
Preenche as biqueiras das casas.
De repente se faz cachoeira.
Ela corre para o leito dos rios.
Corre para o planeta das plantas.
Ela robustece os oceanos.
Volumes de amor e tempestades.
Ela evapora.
Ela é doce e pode tornar-se salgada.
Quando se zanga cria nevoeiros.
Ela vem do conflito das nuvens.
Ela provoca a que abrigos sejam buscados.
Ela refresca-se no vento.
Ela é queda livre.
É viajante.
Ela é doadora.
É força nutritiva.
Cai na penumbra da noite ou na luz do dia.
Cai sobre geleiras ou sobre o sertão estorricado pelo sol.
Ela liquida a sede.
Ela potencializa a vida.
Ela é majestade na natureza.
Ela é essencialmente feminina.
Poema publicado no Jornal O Povo em 24/04/2010, página Jornal do Leitor (com outra foto).
Nenhum comentário:
Postar um comentário